POLÍTICA | ELEIÇÕES 2012
2 mai 2012 | Chico Franco (PCdoB), atual secretário de Trabalho, Esporte e Lazer de Lauro de Freitas, não é mais pré-candidato a prefeito em 2012, mas avisa que “o projeto continua”. Em entrevista à Vilas Magazine, o candidato mais votado da cidade em 2010 revela que chegou a ser negociada uma chapa em que a oposição indicaria o seu vice. Em relação a um futuro governo, diz que “não vai ser fácil ser melhor que Moema, mas a gente tem a obrigação de ser”.
> MÁRCIO WESLEY | 14.04.2012
> Chico Franco (esq) e João Oliveira: nomes de consenso da base governista
Vilas Magazine – Por que é que o senhor abriu mão da sua candidatura?
Chico Franco – Eu não abri mão da candidatura. Nós apenas adiamos o projeto de candidatura a prefeito. Por participar do governo de Moema Gramacho apresentamos uma pré-candidatura e isso nunca negamos. A própria prefeita sempre soube disso. Mas eu também sempre disse que não seria empecilho [para a continuidade do atual projeto de governo]. Só não aceitaria uma imposição. Mesmo quando os partidos [da base de governo] indicaram João Oliveira como pré-candidato a prefeito, nós mantivemos a nossa pré-candidatura na tentativa de convencer a prefeita de que talvez o nome de Chico Franco fosse melhor.
VM - O que o levou a tomar a decisão de apoiar João Oliveira?
CF - Como os partidos acertaram, de forma democrática, que o nome seria o de João, a gente repensou e achou por bem apoiá-lo. Até porque não vale a pena ser candidato apenas por ser, mas para ganhar a eleição. Não vamos brincar de fazer política. Os dez vereadores da base de governo também tiveram uma conversa comigo e acabamos aceitando essa empreitada.
VM – Houve conversas com a oposição para compor uma chapa encabeçada pelo seu nome?
CF – A gente não deixou de discutir isso com Márcio [Paiva, pré-candidato do PP à prefeitura]. Existiam conversas no sentido de Márcio vir a ser candidato a vice-prefeito na minha chapa, que também seria uma candidatura da base de governo. O que não poderia acontecer é eu ser vice numa chapa de oposição. Isso, em hipótese nenhuma, até porque seria uma traição ao governo e a Moema Gramacho.
VM – Por que é que a chapa Chico Franco e Márcio Paiva não vingou?
CF – O partido dele queria uma discussão mais ampla, no final de junho, por ocasião das convenções [partidárias, que oficializam as candidaturas]. A gente achou que isso não era viável. Até junho muita coisa pode acontecer. Eu disse a ele abertamente que ou eu seria candidato a prefeito ou seria vice de João Oliveira. Não que eu me ache melhor que ninguém, mas seria antiético largar o governo de Moema Gramacho, de que eu faço parte há seis anos, além do PCdoB estar no governo desde o primeiro instante, para ser vice-prefeito pela oposição.
VM – Como é a sua relação com João Oliveira?
CF – Fomos vereadores juntos, votamos um no outro para a presidência da Câmara. Em 2000 ele era vereador da oposição e votou em mim. Não tínhamos uma relação como temos hoje, de discutir as questões do município, mas a gente não nasce com uma relação pronta com ninguém.
VM – A sua participação no governo, caso vocês vençam a eleição, já foi acertada?
CF – Não. A primeira coisa a fazer é ganhar a eleição. Moema criou um modelo de política novo no município que eu acho correto. Não é dividir o bolo, mas compartilhar o governo com as pessoas que ajudaram e têm compromisso com o município. Evidentemente que vamos participar do governo, mas não há nada combinado sobre o tamanho da participação do PCdoB, no caso de vencermos a eleição.
VM – O senhor pretende assumir uma secretaria?
CF – Eu acho que não dá para Chico Franco ficar no gabinete do vice. Até porque, eu digo sempre, sou um homem de rua. A gente deverá estar à frente de uma secretaria. Quero dizer aqui que nada foi combinado, mas a maioria dos vices assume uma secretaria, é normal. Mas primeiro temos que pensar em ganhar a eleição.
VM – E quais são os seus planos para ganhar a eleição?
CF – A gente tem hoje dez vereadores , 18 partidos [na aliança política], podendo ter até junho mais de 20 partidos. Nunca na história de Lauro de Freitas houve apoio a um projeto de governo como há hoje. Não temos a unanimidade, mas as maiores lideranças estão conosco. Todos não, mas 98% dos ex-vereadores hoje nos apóiam. É só organizar e colocar a campanha na rua. Nenhuma eleição é fácil, mas temos chances reais.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Editorial | 200 edições |
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A existência de imprensa local independente é um marcador do desenvolvimento socioeconômico | |||||||
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Cidade | Serviços |
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Obras na Priscila Dutra cancelam 'rallye' | Prefeitura deixa de coletar lixo no pequeno comércio | Veja as capas dos principais jornais |
A coleta de lixo agora se tornou um luxo para nós, comerciantes |
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Thalita Cáceres, lojista que passou a tratar o lixo por conta própria depois que a prefeitura deixou de coletar no pequeno comércio. |
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