EDITORIAL | ACCIOLI RAMOS
01 JAN 2014 | A Vilas Magazine entra em fevereiro no seu 16º ano de circulação ininterrupta com uma tiragem de 32 mil exemplares auditada pela PriceWaterhouseCoopers. Das 12 páginas do número 1, editado em janeiro de 1999 às 164 páginas do número 179, que foi às ruas no mês passado, vai toda uma crônica da vida em Lauro de Freitas. A Vilas Magazine nasceu como guia de serviços e produtos dirigido à comunidade de Vilas do Atlântico, mas cresceu para se transformar no veículo de comunicação por excelência de todo o município, com crescente conteúdo de jornalismo.
Ao lado dos já tradicionais artigos voltados para a qualidade de vida, como saúde e beleza, a Vilas Magazine ofereceu ao longo dos anos inúmeras reportagens exclusivas, privilegiando sempre os fatos da vida local, muitas vezes por estar sozinha na praça. A mídia de Salvador simplesmente não olha para este lado – ou quando olha é por meio dos boletins de ocorrência da polícia. Quem acompanhar o noticiário de Lauro de Freitas pelos diários da capital vai chegar à conclusão de que a vida aqui se resume a tiroteios e assassinatos. A comunidade local é retratada como mais um subúrbio de Salvador.
Esse equívoco se desfaz todos os meses nas páginas da Vilas Magazine. Em outubro de 2011, por exemplo, a revista deu privilegiado espaço de capa à reivindicação de trazer a linha 2 do metrô até Lauro de Freitas. Desde maio daquele ano foram três capas e outras tantas reportagens sobre o tema.
Até então, a cidade estava destinada a receber corredores de ônibus. O objetivo traçado pela audiência pública de setembro daquele ano era levar o transporte de massas sobre trilhos até Portão. Dois anos depois, temos a promessa de contar com ele até meio da Estrada do Coco e só em 2016. Mas é vencendo pequenas batalhas que se ganha a guerra.
O mérito dessa e de outras conquistas dos anos mais recentes é, sem dúvida, dos responsáveis políticos e líderes comunitários – os verdadeiros, não os da clientela política – que se empenharam pelo objetivo. A Vilas Magazine não fez senão dar-lhes voz, como é papel da imprensa fazer. Mas sem essa voz o resultado talvez fosse outro.
As muitas aventuras em torno do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM), desde a primeira versão, em 2003 à promulgação da lei, em 2008, tiveram o acompanhamento permanente da Vilas Magazine. Detalhes que passariam facilmente despercebidos foram claramente expostos, dando oportunidade a que a comunidade se posicionasse. Vem dessa cobertura, por exemplo, a inscrição da lei de uso e ocupação do solo de Vilas do Atlântico no corpo do próprio PDDM. E é devido a isso que agora será muito difícil transformar a orla de Vilas do Atlântico em área comercial.
A preservação do Equus Clube do Cavalo, uma área verde ameaçada pela expansão imobiliária dentro de Vilas, foi outra das conquistas da sociedade, comandada por um responsável político, é fato, que enfrentou todas as pressões, mas apoiada e alavancada pela cobertura da Vilas Magazine.
Outro tema que o leitor só vê nestas páginas é a cobertura das eleições municipais com a contagem de votos por região da cidade. Apesar do nosso sistema eleitoral ainda desprezar a representação distrital, mostrar a vontade do eleitor de cada bairro ajuda a entender a tomada de decisões que afetam a todos.
A preservação da memória histórica de Santo Amaro de Ipitanga – o verdadeiro nome desta cidade – foi sempre outro tema exclusivo da Vilas Magazine. Demos espaço às manifestações culturais de qualidade produzidas por filhos da terra, naturais e adotivos, que são cada vez mais, trilhando sempre a recuperação da tradição secular.
Uma das coberturas mais extensivas que a revista oferece à cidade está relacionada ao meio ambiente. Do lançamento clandestino de esgoto nos rios à demolição das barracas de praia, Lauro de Freitas pode contar com espaço, vez e voz para defender os seus interesses. Por mais 15 anos, pelo menos.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Editorial | 200 edições |
Jornais do dia |
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A existência de imprensa local independente é um marcador do desenvolvimento socioeconômico | |||||||
Cidade | Trânsito |
Cidade | Serviços |
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Obras na Priscila Dutra cancelam 'rallye' | Prefeitura deixa de coletar lixo no pequeno comércio | Veja as capas dos principais jornais |
A coleta de lixo agora se tornou um luxo para nós, comerciantes |
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Thalita Cáceres, lojista que passou a tratar o lixo por conta própria depois que a prefeitura deixou de coletar no pequeno comércio. |
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