CIDADE | SANEAMENTO
3 MAR 2013 | Um pouco por toda a cidade há trechos isolados da rede de esgoto, já construídos, que estão sendo usados pelos moradores para descartar esgoto doméstico. Sem ter onde desaguar e sem qualquer tratamento, o esgoto acaba por extravasar em via pública, onde ganha a rede pluvial e alcança os rios que cortam Lauro de Freitas. Ao anunciar a obra, há 20 meses, a Embasa avisou que só depois de concluída toda a rede é que os moradores poderiam fazer uso dela.
> © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE | FOTO EM 23.02.2013
> Canteiro de obras, inativo desde meados do ano passado, ainda exibe a placa do projeto > © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE | FOTO EM 23.02.2013
> Ponto de acesso à rede: falta de manutenção pode comprometer obra já executada > © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE | FOTO EM 23.02.2013
> Manilhas permanecem estocadas no canteiro junto ao viaduto da via alternativa
Os trechos isolados aguardam a interligação à estação elevatória principal, projetada para ser erguida junto ao viaduto da via alternativa, no Centro. O local, que servia como base de operações das empreiteiras contratadas pela Embasa, está hoje ocioso. No pátio ainda se vê manilhas de esgoto em estoque.
Paralisada há mais de seis meses, a obra da rede de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas continua sem data de conclusão prevista. A empreiteira responsável teria sido dispensada pela Embasa – empresa controlada pelo governo do Estado – devido a questões contratuais, o que deu origem a uma querela judicial que não tem prazo para terminar.
Além do problema ambiental e de saneamento que o mau uso da rede representa, “corremos o risco de perder o que já foi feito”, alerta André de Carvalho, secretário de Infraestrutura de Lauro de Freitas. Isso porque as manilhas instaladas vão acumulando detritos e sofrendo os efeitos da falta de manutenção.
Agora a prefeitura de Lauro de Freitas quer fazer a interligação desses trechos de rede de forma emergencial, mesmo antes da retomada das obras da Embasa, para dar destino adequado aos efluentes que já estão sendo lançados. Depois, a proposta de André de Carvalho é priorizar a construção da estação elevatória principal para que o material chegue ao Sistema de Disposição Oceânica de Jaguaribe, o novo emissário submarino de Salvador, como estava previsto.
A obra da rede de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas, que vai ampliar de 9% para 95% a cobertura do município, foi iniciada em 2010 e interrompida logo depois para uma correção do projeto. Em junho de 2011 a Embasa anunciou o reinício das obras, que tinham conclusão programada para este ano.
Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares. Só o duto de Lauro de Freitas ao emissário de Jaguaribe vai custar R$ 102 milhões. A rede local, orçada em R$ 68 milhões, foi projetada para atender mais de 300 mil habitantes – cenário previsto para 2030. Inseridos no pacote do PAC Saneamento, os recursos são do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa).
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Obras na Priscila Dutra cancelam 'rallye' | Prefeitura deixa de coletar lixo no pequeno comércio | Veja as capas dos principais jornais |
A coleta de lixo agora se tornou um luxo para nós, comerciantes |
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Thalita Cáceres, lojista que passou a tratar o lixo por conta própria depois que a prefeitura deixou de coletar no pequeno comércio. |
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