CIDADE | VILAS DO ATLÂNTICO
02 ABR 2014 | A proposta da prefeitura de Lauro de Freitas para a orla de Vilas do Atlântico não será descartada, apesar da reação negativa da última assembleia da Salva, a associação de moradores, em março, quando a secretária de Planejamento Eliana Marback apresentou o projeto à comunidade. Foi o que garantiu o prefeito Márcio Paiva à Vilas Magazine, destacando que a orla é de todo o município e que outras partes devem ser ouvidas.
> FOTO EDMAR DE PAULO
> Eliana Marback apresenta o projeto aos moradores de Vilas do Atlântico: qualificação > © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE
> Detalhe do projeto do calçadão mostra quatro faixas e calçada de quase seis metros
Revelada em primeira mão pela Vilas Magazine na edição de dezembro último, a proposta prevê a ampliação do calçadão de Vilas do Atlântico e Buraquinho. Na apresentação aos moradores, reunidos no Vilas Tenis Clube e com a presença do prefeito Márcio Paiva (PP), Marback mostrou slides do projeto.
Ao todo o calçadão teria 12 metros de largura desde a praia, divididos em quatro faixas. A primeira, junto à areia, seria uma calçada para pedestres com 2,5m de largura. A segunda e terceira faixas são uma pista de cooper e uma ciclovia de quase dois metros de largura cada uma. A quarta faixa é outra calçada para pedestres, com quase seis metros de largura.
Marback explicou que, nessa última faixa, transitariam inclusive equipamentos de limpeza e manutenção da prefeitura. Na prática, devido à sua largura, a calçada poderá a qualquer tempo ser transformada numa rua para trânsito de veículos. Em entrevista à Vilas Magazine, o prefeito Márcio Paiva mostrou-se favorável à exploração do potencial turístico da orla de Vilas do Atlântico, sugerindo ainda um calçadão ao longo da avenida Praia de Copacabana.
Em uma “carta à comunidade” distribuída em março, a associação de moradores critica os 12 metros de largura, não pela potencial viabilização de uma futura via para automóveis, mas porque “seria necessário o corte dos terrenos das residências, ali instalados, em pelo menos três metros”. Trata-se da área pública da União, os terrenos de marinha ocupados pelas residências da orla. A associação observa uma “revolta natural dos moradores do calçadão”, que se organizaram em outro grupo, prometendo constituir entidade formal para defender o que consideram ser direitos seus.
O grupo, que participou da assembleia geral da Salva em março, obteve apoio unânime dos cerca de 200 moradores presentes e ganhou visibilidade na imprensa de Salvador, chegando a ser retratado como representante do bairro. Na carta à comunidade, a Salva sublinha que “continua sendo a única representante oficial e genuína da população” de Vilas do Atlântico, abraça as críticas daquele grupo ao projeto orla e vai além, listando 24 reivindicações de toda ordem apresentadas à prefeitura.
Em termos duros, conclui que “decorridos quatorze meses, lamentavelmente muito pouco foi realizado por esta gestão pública, embora a Salva mantenha, permanentemente, pressão, cobranças, denúncias e reuniões com as diversas secretarias e, também, com o próprio prefeito”.
Durante a própria assembleia, Márcio Paiva adiantou que ouviria outros setores da sociedade a respeito do projeto orla: “não podemos ouvir só as associações”, disse. Mais tarde, à Vilas Magazine, o prefeito lembraria que “a orla é de todo o município, não é só de Vilas do Atlântico”. Ainda em março, o projeto foi um dos temas colocados em discussão no Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), que reúne representantes de todo o município.
Em comunicado, a prefeitura anotou que “reforçando o valor que a prefeitura Municipal de Lauro de Freitas atribui à opinião popular”, foi realizada mais uma reunião do CMPU, que “teve como objetivo discutir temas importantes para a cidade, a exemplo, da proposta do projeto da orla de Lauro de Freitas”. De acordo com Eliana Marback, também presidente do CMPU, o foco é “promover a participação dos laurofreitenses na construção das medidas adotadas” pela prefeitura.
O principal argumento de Márcio Paiva em defesa do projeto orla está ligado à ocupação daquele espaço, que “não pode ficar abandonado” depois da demolição das barracas de praia. A implantação de infraestrutura urbana no calçadão, incluindo os 13 conjuntos de quiosques, viria qualificar o espaço.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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