CIDADE | VILAS DO ATLÂNTICO
01 JUN 2014 | O muro que delimita Vilas do Atlântico e o Miragem, na rua Praia de Guadalupe, fica de pé. Pelo menos é o que garante a prefeitura de Lauro de Freitas em comunicado distribuído à imprensa no mês passado. A nota menciona expressamente a notícia publicada pela Vilas Magazine em maio para negar a intenção de abrir novos acessos a Vilas do Atlântico.
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> Muro da rua Praia de Guadalupe: segundo a prefeitura, é para ficar de pé
“Ainda que haja a existência de vias que se prolongam entre dois loteamentos, as interrupções físicas, muros ou outras edificações serão mantidos, não havendo qualquer pretensão de modificar traçados ou acessos”, afirma o comunicado.
A notícia que moveu a prefeitura a negar a derrubada do muro destacava um Projeto de Lei que institui 18 bairros em Lauro de Freitas. Ao incluir quatro ruas de Vilas do Atlântico, todas sem saída, também na tabela de logradouros do futuro bairro de Buraquinho, “o projeto sinaliza, indica sim, a intenção de abrir novos acessos”, explicou Accioli Ramos, diretor-editor da Vilas Magazine, também em comunicado sobre o assunto. Especialmente, “num contexto em que moradores do Miragem há anos demandam a abertura de pelo menos um novo acesso – uma questão que foi parar na Justiça”, completa. Daí a necessidade que a prefeitura viu em assegurar que o muro será mantido. A polêmica ganhou depois cobertura também na televisão, que salientou em reportagem a demanda da comunidade do Miragem pela abertura do acesso.
Apesar da negativa da prefeitura, a rua Praia de Guadalupe está identificada nos mapas da proposta oficial de criação de bairros com o número de cadastro 040881 dos dois lados do muro que delimita Vilas do Atlântico, legitimando como “rua” alguns metros de asfalto que foram construídos no Miragem em direção a um obstáculo preexistente.
Além disso, apesar de ser, na verdade, uma pequena via local sem saída, a Guadalupe está oficialmente listada na futura tabela de logradouros como “coletora”, denominação que se dá às vias de trânsito de intensidade média, entre local e arterial.
Anos atrás foi necessário que a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores local, fosse à Justiça para impedir a demolição do muro da Praia de Guadalupe, como queria a gestão municipal naquela época. A questão permanece sub judice, mediante interdito proibitório.
É nesse contexto, claramente expresso na notícia publicada pela Vilas Magazine, que o Projeto de Lei sinaliza intenções: “agora surge a conformação legal que poderá levar à abertura deste e de outros três novos acessos”.
Os moradores do Miragem, além de pais de alunos de uma escola particular geradora de tráfego no bairro, defendem a abertura do novo acesso com o argumento de facilitar o trânsito de e para Vilas do Atlântico, atualmente concentrado na avenida Praia de Itamaracá.
A secretária de Planejamento Eliana Marback, em declarações à imprensa, disse que a prefeitura vem estudando alternativas para o tráfego do Miragem que não passam pela derrubada do muro da Praia de Guadalupe.
Ecovilas – A Vilas Magazine voltou a sublinhar, também, que o Projeto de Lei incorpora o Condomínio Ecovilas ao futuro bairro de Pitangueiras – e não ao de Vilas do Atlântico – apesar de ter seu único acesso pela rua Praia de Tubarão.
No comunicado, a prefeitura explica que “o bairro proposto com o nome Vilas do Atlântico respeita o traçado oficial do loteamento de mesmo nome”, salientando que “essa alteração na delimitação dos bairros não irá interferir no acesso ao Ecovilas”. Diretamente questionada pelo condomínio depois de publicada a notícia, a prefeitura explicou ainda que “a proposta refere-se exclusivamente à divisão do município em bairros para fins de endereçamento”.
“O que a Vilas Magazine destaca, agora como anteriormente, é a inconveniência de excluir aquele condomínio do bairro de Vilas do Atlântico quando um dos objetivos da nova organização, de todo positiva, é atribuir códigos de endereçamento postal por logradouro, acabando com o famigerado CEP único”, pondera Accioli Ramos. “Assim, vamos ter um endereço da rua Praia de Tubarão, em Vilas do Atlântico, com CEP de Pitangueiras, o que em nada ajuda o trabalho dos Correios”, concluiu.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Editorial | 200 edições |
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