CIDADE | TURISMO
04 JUL 2013 | Inaugurado há 22 anos, em junho de 1991, o Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão, no Km 7 da Estrada do Coco, já foi um marco do bairro e do próprio município. De orgulho da cidade passou a motivo de vergonha. Construído na gestão do então prefeito João Leão, o espaço sofreu progressiva degradação.
Chegou a abrigar esporádicas atividades há alguns anos, mas está hoje em ruínas, abandonado. O interior do que restou das construções, imundo, está repleto de fezes humanas e preservativos usados. O livre e fácil acesso ao espaço, na Estrada do Coco, em frente ao Marina Riverside Hotel, representa um risco à saúde pública.
> © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE | FOTO EM 25.06.2013
> Entregue ao abandono, Terminal Turístico continua a constar de guias turísticos > © COPYRIGHT VILAS MAGAZINE | FOTO EM 25.06.2013
> Fezes humanas e preservativos usados estão por toda a parte no interior das estruturas > REPRODUÇÃO
> O Terminal Turístico em pôster promocional de 1991, quando foi inaugurado
Apesar disso, diversos guias turísticos continuam a apresentar o espaço como sendo dotado de restaurantes, “píer” romântico e palco para espetáculos. Na verdade, além da infraestrutura depredada, no espaço contíguo hoje existem apenas um auditório e escritórios da prefeitura de Lauro de Freitas.
No que se refere ao turismo local, a desinformação é a regra. Uma revista semanal editada em Salvador chegou a afirmar, agora em junho, que no rio Ipitanga se praticam esportes aquáticos. De acordo com a mesma publicação, prestigiada por empresários locais, o Jockey Club da Bahia, desativado há mais de vinte anos, continua a ser uma atração turística de Lauro de Freitas.
O próprio site oficial do turismo baiano, de onde aquela publicação copiou os vários equívocos, ainda hoje apresenta o finado Jockey Club como “equipamento de lazer” do município. Da mesma fonte vem a ilusão de que “surgida em 1758, Lauro de Freitas preserva boa parte do seu casario arquitetônico”. No espaço onde um dia existiu o Planeta Zoo, um mini-zoológico privado no Caji, há anos foi construído um conjunto habitacional. Só a promoção oficial do turismo não descobriu ainda.
Ao longo dos anos, todas as administrações municipais elaboraram planos para a recuperação dos espaços de lazer e turismo de Lauro de Freitas e em especial do Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão, mas nunca houve verdadeiro investimento nos projetos. Os paliativos serviram apenas para manter certa dignidade.
Culturalmente, o espaço presta hoje um desserviço à memória de Mãe Mirinha de Portão, fundadora do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, personagem de primeira grandeza de Santo Amaro de Ipitanga e da Bahia, que lhe empresta o nome. Havia dois anos do passamento de Mãe Mirinha quando o Terminal Turístico foi inaugurado. Hoje, nem a placa existe mais.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Editorial | 200 edições |
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Obras na Priscila Dutra cancelam 'rallye' | Prefeitura deixa de coletar lixo no pequeno comércio | Veja as capas dos principais jornais |
A coleta de lixo agora se tornou um luxo para nós, comerciantes |
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Thalita Cáceres, lojista que passou a tratar o lixo por conta própria depois que a prefeitura deixou de coletar no pequeno comércio. |
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