CIDADE | TRÂNSITO
01 NOV 2014 | O trânsito de veículos em Lauro de Freitas já tem fiscalização. Pela primeira vez o cidadão poderá ser multado na cidade se for flagrado falando ao celular enquanto dirige, por exemplo. Para isso, basta um agente municipal de trânsito mais atento. Equipado com um tablet, ele pode registrar uma autuação em menos de um minuto.
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> Radares agora flagram infrações na via alternativa e Estrada do Coco
Menos tempo ainda levará a autuação por invadir a faixa de pedestres, furar o sinal vermelho ou exceder a velocidade permitida na Estrada do Coco e na via alternativa. Os primeiros radares da cidade, já instalados, flagram essas infrações automaticamente. De quebra, o limite de velocidade em todo o trecho da Estrada do Coco que atravessa Lauro de Freitas passará a ser de 60 Km/h.
Inédita em Lauro de Freitas, a fiscalização só não pegou de surpresa os motoristas porque a secretaria municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública promoveu longa “ação educativa” antes de partir para as ruas. Mesmo assim, mais de quatro mil autuações já foram aplicadas desde 15 de setembro.
Segundo a secretaria, as infrações mais frequentemente registradas na cidade incluem o uso de celular ao volante, o estacionamento sobre as calçadas e falta de uso do cinto de segurança.
Na opinião do secretário Moyses Mustar, responsável pela pasta, o grande volume de multas é resultado da falta de fiscalização no passado, quando “imperou na cidade uma cultura de desrespeito às leis de trânsito”. A aplicação de multas pela prefeitura tornou-se possível depois da municipalização do trânsito – um processo formal iniciado há mais de quatro anos e concluído na atual gestão.
Com a quarta maior frota de veículos da Bahia – quase 65 mil veículos registrados – Lauro de Freitas suporta ainda o tráfego dos municípios vizinhos, Segundo Mustar, uma média de 100 mil veículos transitam diariamente na cidade. O grande volume de tráfego justificaria “um número significativo de acidentes, inclusive com vítimas”, afirma.
A secretaria de Trânsito “vem diuturnamente tentando diminuir os índices de acidentes por meio ações educativas e da fiscalização”, sublinha. Mas os novos radares prometem melhorar bastante esse esforço. Os equipamentos passam por testes e serão aferidos para entrar em operação ainda este mês.
Transitar pela Estrada do Coco a 80 Km/h vai custar R$ 638,45 – ou cinco multas graves. Mas já depois de passar pelo quarto radar, acumulando 20 pontos, o motorista perde a Carteira Nacional de Habitação e o direito de dirigir. Se, pelo caminho, invadir faixas de pedestres ou avançar um sinal vermelho a conta fica ainda mais salgada. Tudo automaticamente.
Mustar destaca que “o propósito não é multar e sim coibir o excesso de velocidade, causa maior dos acidentes na Estrada do Coco”. Só no primeiro semestre deste ano foram registrados 359 acidentes nos 7,5 Km da via – uma média de dois por dia.
As medidas “também fazem parte do Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, recomendado pela ONU e implantado pelo Ministério das Cidades através do Denatran”, conta Mustar.
Para quem vem de Salvador, os dois primeiros radares espreitam os motoristas no Km 0,7 da Estrada do Coco, na altura da entrada para a avenida Dois de Julho, nos dois sentidos da via. Outros dois foram colocados logo depois da primeira curva da via alternativa e após o viaduto – um ponto tradicional de acidentes ocasionados pela velocidade excessiva.
A Vilas Magazine publicou, em março de 2009, reportagem a respeito daquele trecho. Devido à inclinação excessiva, os motoristas só percebem eventual trânsito parado, ou mais lento, à sua frente, quando ultrapassam o ponto mais alto do viaduto. Com freqüência, mesmo a 40 Km/h o espaço é insuficiente para frear e evitar uma colisão com engavetamento.
Há cinco anos, o trecho registrava mais de 20 acidentes por mês. Segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), responsável pela via naquela época, pelo menos 60 veículos envolviam-se em acidentes no local todos os meses.
Mais adiante, no cruzamento da ponte sobre o Ipitanga que dá acesso ao Centro, em frente ao Conjunto Clériston Andrade, outro radar flagra o avanço de sinal vermelho e qualquer invasão da faixa de pedestres. Já de volta à Estrada do Coco, equipamento semelhante vigia o semáforo e a faixa em frente à Insinuante.
Mais dois radares aguardam os motoristas no Km 5,5, em frente ao marco de Vilas do Atlântico e no Km 7, entre a passarela de pedestres e a ponte sobre o Joanes.
Novos projetos prevêem regulamentar a carga e descarga de mercadorias e criar o “Zona Azul” – estacionamento pago em via pública, como forma de ordenar e melhorar a mobilidade urbana numa cidade travada pelo excesso de veículos nas ruas. Mustar garante ainda que a sempre reivindicada passarela do Km 0,5 da Estrada do Coco, no Jardim Jaraguá, “em breve será instalada visando por fim ao gargalo ali existente”. Hoje existe um semáforo naquele trecho, instalado depois de sucessivos acidentes fatais com pedestres.
Bom dia, Santo Amaro de Ipitanga
A edição de setembro da Vilas Magazine começa a circular no dia dois destacando em editorial a marca de 200 edições. Outro tema de destaque é o fim da coleta de lixo que a prefeitura sempre fez no pequeno comércio. O fim do serviço público está embasado em lei federal de 2010 que prevê responsabilidade compartilhada entre o poder público e o empresariado, deixando a regulamentação a cargo dos municípios. Em Lauro de Freitas, é uma lei de 22 anos atrás que estabelece o limite de 100 litros ou 500 kg para o que pode ser considerado “lixo domiciliar”. Qualquer coisa acima disso seria “responsabilidade do estabelecimento comercial”. Em Salvador, o limite é de 300 litros por dia.
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Editorial | 200 edições |
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Obras na Priscila Dutra cancelam 'rallye' | Prefeitura deixa de coletar lixo no pequeno comércio | Veja as capas dos principais jornais |
A coleta de lixo agora se tornou um luxo para nós, comerciantes |
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Thalita Cáceres, lojista que passou a tratar o lixo por conta própria depois que a prefeitura deixou de coletar no pequeno comércio. |
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